terça-feira, 15 de novembro de 2011


Sentir amor, por um passado bem vivido presente na situação, longe de sofrimento ou qualquer desengano. Sentir amor presente, no encontro de mentes pensantes. Quero amor em qualquer tempo.


Dímitri Abdalla

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Se toda merda que fazia...


Se toda merda que fazia

Um dia fosse poesia

Teria comida na mesa

E minha cama não estaria vazia.


Dímitri Abdalla

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sai de casa tão pouco ...


Sai de casa tão pouco

Não fuma, tampouco bebe

Acredita nos astros ou coisa nenhuma

Tem encontros impessoais com Deus


Pela certa direção ao encontro das necessidades dos homens

Tem fé nos meios televisivos

Um copo encima da tela

Garante sua dose gratuita de conforto


À noite a beira do desespero

Clama por companhia segura

Pecador entrega-se as luxúrias mundanas


Ao acordar o peso n’alma

Revira o quarto, olha-se no espelho, a procura de alguém

Não encontra nem sequer sua fé.


Dímitri Abdalla

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Temo que o vício...


Temo que o vício

Não saia de ti

Temo que o lixo

Ainda vai persistir


Nas ruas desertas

Um pão vira festa

Virando latas para existir


Tem um jogo

Que só tu, homens sapiens

Melhor que ninguém poluir


Tens o descarte

Nas palmas das mãos

Produz o consumo

E vai tudo pro chão


Temo que o vício

Não saia de ti

De tudo querer

Comprar poluir.


Dímitri Abdalla

sábado, 4 de junho de 2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Bem vindo ao universo dos homens de caça


Bem vindo ao universo dos homens de caça

Flavos recamos

Guardados, na ponta do falo.


A beira do precipício são olhos de cordeiro

Operando máquinas sadias.

Frias polcas, porcas frigoríficas


Transbordando expectativas em cárceres privado

Enxertados os desejos, cultivados no berço do capital

Sufocam qualquer sedento por tecnologia.


Dímitri Abdalla

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A arte do bom vivant


A arte do bom vivant:

Ludibria-se de nada

Pra não esquecer-se de tudo.


Engaiolado, posto a prova

Onde nada existiu

Na trilha do medo

Onde a puta te pariu.


Dímitri Abdalla

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Inferno faz lar...


O Inferno faz lar enquanto distraio-me cavando tumbas

Sepultadas chances em teu caminho, perdidas

Cóleras que levam a teu tesouro...


Passos sobre a carne fria

Um corpo que deseja outro

As máquinas não param

Cerra-te pouco a pouco


Exercícios de ser silencioso

Ansiando vozes

Entre árvores, passeios mudos

Enterram teu passado.


Dímitri Abdalla

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Asseguro Moral

Em noite de lua cheia
Passeia boêmio
De olhar vago
Vaga

Vida de vaga-lume
Aceso circula
Entre luzes
Desfaz seu brilho

Concreta tuas raízes
Tira teus pés do chão
O piche já hidrata teu pêlo

Faz o que eu mando
O mínimo é o estudo
Lei, ordem, repressão

Dímitri Abdalla

O Grande Oráculo


Profana Efígie

Mascara as faces

Que a verdade já não sustenta

Alimenta falsos afetos

Procura ensejo, prolifera


Feito mármore empedra

Verdades de sobejo


Não há forma de convivência

Mas publica tua sorte

Teu futuro premeditado conforta teus dias


Grande rede

Fomos pegos!

Ele impera, no reino dos homens

Máquina ou homem?

Confunde...


Dímitri Abdalla

terça-feira, 10 de maio de 2011

Bunda suja na lagoa imunda...



Bunda suja na lagoa imunda

Rios medonhos em bairros nobres

Sonhos feitos, que o diabo amassou


Sua cinza na rua escura

Escondida transpõe tua armadura


Ônibus cheios tem carros vazios

Bancos lotados em centros urbanos

Prazo de validez

A Plasticidade tem sua vez

Em teu fundo cerebral


As Leis do capital monetário

No Depósito fiel de infidelidades

Grandes Homens de caráter

E suas Ondas descartáveis

Dímitri Abdalla


sexta-feira, 6 de maio de 2011


De súbito subamos

Há mais doces entre as estrelas

Naqueles olhos noturnos

Deitados sobre a luz da lua


Sempre uma surpresa insana

Teu convite não me engana

A respeito da noite na matéria em repouso


Ao longe via refletido n’água

Desembaraçada livre e nua

Nova e branca passeava pela rua

Em grande sonho


Como amigo afim

Presente, com grande liberdade

Nossa diversa realidade

Fez-se distante, em um aventureiro errante.



Dímitri Abdalla


quarta-feira, 4 de maio de 2011

Olhar mendigo

A percepção do mendigo

Na margem não fala

O olhar distante comunica

Torna-se comum


A indiferença alheia

Estrangeira a tudo

Vive da falta

No avesso da cultura


Estranho livre

Desconhecido sem nome

Compelido à solidão

Sem escolha sobrevive.


Dímitri Abdalla

segunda-feira, 2 de maio de 2011

As emoções contidas...


As emoções contidas

Sortidas, a sua escolha.

Bastam as formas

Convenções sociais para lhe confortar


Previsões sobre o futuro

Afetam os afetos

Congelam a espreita do sol


Haverá sol no porvir?

Quem livre for, verá!



Dímitri Abdalla

sábado, 30 de abril de 2011

O tempo recomeça agora...


O tempo recomeça agora!


Há momentos em que o tempo para


Além da vida que se vê


Aquém da vida que se leva





O coração bate


Corre o tempo


A mão lhe é estendida


Sabe-se ainda





E o que se vê?





Queres medir o tempo?


Não há mais hora


Tempo


Nem lugar





Dímitri Abdalla

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Logo muito jovem...

Logo muito jovem
São vários os testes
Em busca de segurança
Exige-se competência em ambientes de competições

Meios atuais de comunicação operam no ser
Tem a fase natural
Logo uma postura antinatural
Tenciona as mentes

Tens que ser tu e ser nada!
Olhar atento para todos e não ver ninguém
Espelhar-se em grandes em terra de anões e ter moral!

Solitário no teatro internacional das marionetes
Tua matéria coisificada empedra
Pálida e fria as claras fica, exposta a toda a nação!